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Estudo da Sudene mapeia áreas do Nordeste mais vulneráveis ao novo coronavírus
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Publicado em 09/05/2020

A ideia é apresentar dados que auxiliem a adoção de medidas a serem adotadas pelas gestões locais

Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um estudo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) mapeou as localidades na região mais vulneráveis ao coronavírus. O levantamento aborda quatro dimensões de vulnerabilidade: grupo de risco, vulnerabilidade social, acesso a equipamentos de saúde e proximidade a focos de contágio.

A partir do cruzamento desses dados, foram elaborados mapas e rankings para identificar os locais no Nordeste mais prováveis de serem atingidos pelos efeitos da pandemia em curto prazo. A ideia é apresentar dados que auxiliem a adoção de medidas a serem adotadas pelos governos estaduais e municipais.

Considerando a dimensão da proximidade a focos de contágio, o estudo revelou quatro principais regiões de grande incidência. Uma região formada por Fortaleza (CE) até Mossoró (RN), outra que compreende região metropolitana de Recife (PE) a João Pessoa (PB), a região ao entorno de São Luís (MA), e Salvador (BA). Além desses locais, outras capitais como Teresina (PI), Natal (RN) e Maceió (AL), também tem alta incidência de contágio.

O estudo da Sudene destaca que o Banco Mundial estima que o impacto econômico da pandemia de Covid-19 pode resultar em quase três milhões de pessoas voltando a viver abaixo da linha de pobreza apenas na América Latina e no Caribe.

Outro aspecto levado em consideração é que além dos impactos na saúde pública, também são esperados efeitos negativos relacionados à vulnerabilidade social, como explica o coordenador-geral de Estudos, Pesquisas, Tecnologia e Inovação da Sudene, Robson Brandão.

“Além dos impactos na saúde pública causados pela pandemia, efeitos negativos também são esperados do ponto de vista da vulnerabilidade social. É importante destacar que é certo o impacto do coronavírus nas pequenas cidades, onde residem parcelas significativas da população mais vulnerável. Sobretudo em locais de difícil acesso aos serviços públicos de saúde”.

Os autores do estudo destacam que outras pesquisas epidemiológicas baseadas na disseminação de outros vírus no Brasil, como zika e dengue, revelam que fatores ligados à vulnerabilidade social são fatores determinantes para propagação das doenças.

Nesta semana, o Ministério da Saúde enviou reforço de 592 leitos de UTI aos estados e municípios. Destes, 253 são para o Nordeste. Ao todo, 3.236 leitos já foram habilitados para pacientes com Covid-19.

Segundo o ministro da Saúde, Nelson Teich, uma das prioridades da pasta é detalhamento de dados para traçar medidas preventivas contra o coronavírus.

“O que estamos fazendo hoje é detalhar as informações existentes, definir os indicadores que não existiam, que precisam ser definidos, trabalhar na coleta desses dados para que cada dia a gente tenha um entendimento maior, não só da Covid-19, mas do que acontece no sistema como um todo. Essa é uma das prioridades que temos hoje”.

O estudo sobre vulnerabilidade do Nordeste ao coronavírus pode ser encontrado no sudene.gov.br. A metodologia é totalmente baseada em dados públicos, que foram disponibilizados pelo IBGE, DataSUS, e Cadastro Único.

Para mais informações sobre a Covid-19, acesse coronavirus.saude.gov.br.

 

 
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