A prática de atividade física durante a pandemia pode ser uma aliada para aliviar o estresse, melhorar o humor e não deixar o corpo parado. Por isso, o Serviço Social da Indústria (SESI) do Amazonas tem incentivado a prática de esportes e não deixou de lado o balé. Apesar de ser uma dança que exige atenção aos detalhes, a entidade prova que é possível dar aulas virtuais dessa modalidade.
“Essa experiência tem sido muito gratificante, porque é uma forma de manter os alunos por perto e mantê-los em atividade. Essa ferramenta tem sido valiosa para manter o ensino em dia”, afirma a professora de balé e jazz do SESI, Rafaela Oliveira.
As aulas on-line começaram na primeira semana de maio, mas o trabalho executado com as turmas começou em janeiro. Alunas e alunos foram reunidos em duas turmas com uma hora de aula por semana. A ideia, segundo Rafaela, é aumentar a frequência de aulas e de turmas e, quem sabe, inserir outros tipos de dança, como a contemporânea e o jazz. “O balé é uma arte que você não pode interromper, porque sempre precisa de aperfeiçoamento e aprendizado”, lembra.
As aulas têm sido um desafio para a professora, pais e alunos. A metodologia para ensinar a dança de forma virtual tem seguido a mesma dinâmica das aulas presenciais, com uma sequência pré-definida de exercícios. Primeiro, a professora mostra os movimentos para que sejam executados posteriormente pelos alunos – primeiro com auxílio dela, depois executando sozinhos.
Ela reforça que todos os exercícios das aulas são realizados de forma gradual, respeitando o ritmo e a capacidade de cada aluno, que vai desde crianças menores até adultos. Rafaela admite que é mais fácil corrigir os eventuais erros nos movimentos presencialmente, mas garante que tem se adaptado à nova realidade. “No presencial, estamos ali com uma visão mais ampla dos exercícios. Pelo vídeo, não temos tanto essa visão”, aponta a professora.
Outro problema, segundo ela, é que, de casa, muitos fatores podem distrair os alunos, como ruídos e pessoas transitando pela casa. “A gente sempre tenta buscar formas de prender a atenção do aluno, para que ele se concentre e dê o melhor de si nas atividades, mesmo estando em casa.”
Ainda tentando ajustar a rotina, Rafaela se diz satisfeita com o resultado e pretende manter as aulas on-line quando acabar o isolamento social, sem perder as esperanças de que tudo isso vai passar muito em breve.
“A pandemia trouxe uma nova realidade para todos, ninguém imaginava vivenciar isso. Então, a dança precisou se adaptar a esse novo momento. Pretendo continuar com as aulas on-line em alguns casos específicos, como de uma aluna adulta que teve bebê há poucos meses. Se fossem aulas presenciais, ela não poderia comparecer. Isso tem sido gratificante”, reconhece.
Mesmo que as aulas sejam realizadas a partir do Amazonas, qualquer pessoa, inclusive de outros estados, pode participar das aulas. A professora cobra uma taxa simbólica de R$ 30 por mês. Mais informações podem ser acessadas no site da Federação das Indústrias do Amazonas.